quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Plano Diretor de Igaraçu/Agenda 21 local - conheça seu patrimônio

Quer receber uma cópia do Plano Diretor de Igarassu e da Agenda 21 local em pdf?
mande um e-mail para: chicletenachapinha@gmail.com

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Ketixupe.cards

Ketixupecard é uma série de cartões que estou desenvolvendo como forma de externar minha opinião sobre os fatos e problemas que nós enquanto sociedade estamos passando por conta de um estado falido. Num país onde crianças são arrastadas, mortas e violentadas diariamente; onde uma idosa negocia com seu algoz, o estupro; onde somos maculados por criminosos oficiais e oficiosos... beneficiados por brechas legais..., fica difícil manter a pose de modelo e vendar os olhos. Isso fica bonito para uma escultura que nada sente, nada vê, nada ouve, ou seja, nada opina ou sabe. O sistema parece gostar da violência, parece que ela tem um doce sabor, já que vem aumentando assutadoramente. Por isso dei a essa série o nome de: Ketixupe.card - o doce sabor da violência.


Cartão 01:
Protesto pela morte da menina Maria Eduarda Ramos de Carpina - PE e também por todas as pessoas desconhecidas que são vítimas diariamente em nossas cidades das ações de criminosos e de um estato falido.

Criação do cartão: Hædi



Cartão 02: 10/09/2008
Novamente, somos agredidos com mais um notícia aberrante: dois irmãos são mortos, queimados e esquartejados pelo pai e pela madrasta. Um histórico de violência, de idas e vindas e de prováveis “erros” que culminaram num assassinato bárbaro. Depois, como sempre, fica aquele velho disco, quer dizer, cd arranhado: apurar os fatos e punir os culpados. A dor daquela mãe é a dor de todos nós. Foram mais dois brasileiros, mais dois irmãos nossos que foram recortados como "picadinho de carne" e servidos friamente nos pratos do banquete da violência que assola esse país. É LASTIMÁVEL. Não deixemos que esse tipo de coisa aconteça novamente. Isso é um compromisso pessoal e intransferível. Externo meu profundo respeito e solidariedade àquela mãe duplamente esfaqueda no coração.

Por fim, diante do que se fala na mídia, cabe perguntar: foi a Lei que errou ou foi alguém que se julgou ser a própria lei? O cartão abaixo quetiona isso.



Cartão 03
A violência é moeda vigente na mídia. Creio até que se acabasse, muita gente morreria de tédio por não poder noticiar com tanta ênfase os casos que ocorrem em nosso país. Um exemplo disso é o caso Eloá/SP. Depois, Ananda/PE e mais recente, Raquel/PR. Crimes bárbaros, que ganham força pelas vias midiáticas. Parecem seguir o modelo de análide do ciclo de vida de um produto: Inciação, Conhecimento, Maturidade, Saturação e Declínio. E dependendo do andar da fila, o glamour macabro acaba logo. Além de me chocar com os três casos,fiquei mais ainda quando vi em dois momentos, perguntas estúpidas, infelizes e desrespeitosas feitas por repórteres aos sobreviventes dessas tragédias. No caso Eloá, perguntou-se à mãe que estava ao lado da filha morta: "A Sra. perdoa o homem que matou sua filha?" e ao pai de Raquel: "O que o Sr. diria à sua filha nesse momento?". Nada justifica essas posturas medíocres. Nada! O cartão abaixo representa esse vicioso ciclo midiático de vida. É a morte das pessoas gerando lucros e índices de audiência.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Os Socalistas estão chegando: uma nova ideologia política brasileira?

Autoria: Claríssimo -27/07/2008 03:25:31

Jaz o tempo em que víamos nitidamente a divisão entre direita e esquerda. Éramos reféns das verborragias ideológicas; dos ataques e contra-ataques entre os socialistas - “das forças progressistas” e os capitalistas - “vilões do retrocesso”. Porém, pela “governabilidade”, as ideologias flexionaram-se para gestar um novo caminho que mistura água com óleo, impossível na ciência, mas real na política nacional.

Nossos antepassados viveram momentos de sofrimentos inimagináveis, com toda sorte de perseguição psicológica e física, visando construir uma nação para o povo brasileiro. O vermelho de suas veias foi derramado em cascata e as lágrimas maternais inundaram os vales da morte com suas tristezas eternas pelo sumiço dos seus rebentos outrora acalentados e amamentados amorosamente.

No meio onde vivi, mesmo na década de 1980, falar sobre esquerda, comunismo e coisas do gênero era algo que ainda destravava nas pessoas os gatilhos do medo repressor do passado. A violência física sumira, mas a psicológica continuava e era pior do que a primeira. Contudo, a velha força da exclusão, a ditadura do pensar único cedia natural e irreversivelmente à democracia da polifonia social.

Lembro-me das “Diretas Já”; da democratização do país; da volta dos exilados; dos “caras pintadas”, entre outras coisas. Era uma multidão que fazia a hora por uma nação melhor e para todos; seguindo seus líderes messiânicos, ditos representantes das forças democráticas e progressistas, num combate santo e incansável pela liberdade e contra as forças do retrocesso que oprimiam e escravizavam o povo.

Naquela época havia um divisor de águas. Sabíamos quem era quem. Hoje, tudo se modifica. Ao folhear jornais e revistas; ao escutar e assistir entrevistas, fico atônito e me pergunto: Cadê a esquerda? Cadê a direita? Perderam-se todos os diferenciais de identificação. Em nome da tal da “governabilidade”, ou melhor, em nome da sobrevivência de grupos falidos e obsoletos dos dois lados, todos se uniram.

Inacreditavelmente, o que a ciência não conseguiu fazer, a política fez: misturar água e óleo. E como Noé, socialistas e capitalistas parecem ter construído uma grande embarcação para se salvar do dilúvio consciencial que está inundando essa nação tupi-nagô, a cada dia. Será que incorporaram também, a célebre frase: “esqueçam o que eu falei”? Nesse caso, esqueçamos o que nós mesmos falamos.

Isso exige um neologismo sem o qual ficaríamos como barcos à deriva. Poderia se chamar de SOCALISMO. E antes que haja julgamentos errados a respeito desse recém-nascido, informo que o nome não está relacionado à soca-soca do vovô e nem ao verbo socar. É apenas a fusão do SOcialismo com o CApitalismo, mantendo economicamente e como um remédio genérico, o princípio ativo de cada ideologia nas primeiras sílabas.

O Socalismo nos salvará e nos libertará das visões antigas e obsoletas e nem ditará o caminho, já que tudo dá na venda. Os convertidos serão chamados de Socalistas. Todo sangue e lágrimas dos antepassados serão esquecidos. A dor será banida e a alegria reinará como nas ditaduras anteriores. Contudo, o que me anima é que essa nação pensa e tem olhos bem abertos e acorda para ser senhora de si mesma.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Cidade afro-ameríndia de Igaraçu

Bem-vindas, bem-vindos à minha amada terra;

A bela Igaraçu, cidade-mãe de Pernambuco localiza-se na Região Metropolitana do Recife. Fundada segundo a tradição em 27/09/1535, dia de São Cosme e São Damião, seus padroeiros, cuja igreja é considerada a mais antiga do Brasil (em funcionamento). Segundo IBGE(2007) possui área de 306km2 e 93.748hab. É uma cidade litorânea e dista 28km do Recife.
A grafia “Igarassu” é uma corruptela imposta pela lei municipal de nº 1.277/72, de autoria do Sr. Guilherme Jorge Paes Barreto. Oficialmente, a palavra tupi Igaraçu significa Igara: canoa; açu: grande. Segundo M. C. Honorato (1863), “... era o nome de vários rios do Brasil e significa: Hi ou ig: água; guara: ave aquática; açu: grande. Nas províncias do Norte compõem-se de Iguara: espécie de canoa de guerra ou de carga, e açu: grande”.
Desde feitoria lusitana em 1516; elevando-se às categorias de vila em 1564, município autônomo em 1893, cidade em 1895; passando também pela invasão holandesa, Igaraçu é território especial da história pernambucana, com seu belo patrimônio natural, arquitetônico e suas riquezas sócio-culturais, resultantes da polifonia social, encontro de tantos povos e pensares ao longo da sua secular caminhada.
Embora “dita” tradicionalista, seu povo é pujante e aguerrido. No passado recebeu da coroa portuguesa o título de “mui nobre e sempre leal e mais antiga vila de Santa Cruz e Santos Cosme e Damião de Igarassu da Capitania de Pernambuco”. E no Século XX recebeu o de “reduto de comunistas” (Itapissuma, distrito, à época, era a “Moscouzinho” de Igaraçu). Nossa terra comportou os barões e seus engenhos de açúcar e foi berço do socialista mestiço Antônio Pedro de Figueiredo (defensor dos ideais da Revolução Praieira). Um campo de lutas e do florescer de movimentos pacifistas. O solo sagrado de um povo que desde os primórdios reconhecia seu valor, externa suas opiniões e se autodescobre a cada dia.
Eis a nossa amada cidade: tradicional e revolucionária; aguerrida e pacifista; lusitana, holandesa e naturalmente, afro-ameríndia. Vitimada pelos lambe-botas monárquicos temporais e sempre sendo curada pelo seu povo-semente, que traz em si a possibilidade de uma grande floresta. Uma cidade abençoada pelas ações dos seus movimentos sociais mestiços. A grande canoa que navega salutar e eternamente pelo grande rio dos pensamentos e das ações dos grandes pássaros, nossos antepassados e contemporâneos.

Bem-vindas, bem-vindos à Igaraçu,
Cidade-mãe de Pernambuco.
Hædi TM

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Ouro verde do Nordeste: o lado claro e o lado escuro da força.

Autoria: Hædi (05/06/2007)

Apontados como desaceleradores do aquecimento global, os biocombustíveis são as novas vedetes da mídia mundial. Nações importantes já estão investindo neles, pois o desenvolvimento não pode parar. Porém, como o dia e a noite, ambos com 12 horas claras e escuras, respectivamente, em tudo há dois lados. As nações ricas vivem às avessas com alguns países islâmicos, hoje “inimigos” e detentores das reservas mundiais de petróleo. Além disso, na América do Sul, outra potência petrolífera, a Venezuela, governada por uma versão Kitsch do comandante cubano, e ainda, a Bolívia e suas reservas de gás natural administradas por um indígena. Nesse conflito entre o lado “claro” e o “escuro” da “força”, os biocombustíveis surgem como tábua de salvação, bem mais para as contas bancárias de direitistas e esquerdistas do que para a humanidade. Nesse contexto, a cultura canavieira ressurge e sua matéria-prima, a cana-de-açúcar, recebe uma nova roupagem: o “Ouro Verde”, que na sua essência traz o mel e também, o fel.

Nossa pátria, especialmente, o Nordeste, prepara-se para viver um novo sonho econômico sob a égide do aquecimento econômico pela redução do aquecimento (climático) global. Num mercado de milhões de “verdinhas”, o consumo de etanol aumentou e o Brasil é o maior produtor, consumidor e exportador. Elevou-se à condição de potência energética - um “ganso dos ovos de ouro” -, principalmente, diante das incertezas com relação ao fornecimento de combustíveis fósseis no futuro. As propagandas dizem que os biocombustíveis são positivos para reduzir os gases do efeito estufa. O etanol, por exemplo, é utilizado como combustível e é também aplicado nas áreas de perfumaria, medicamentos, produtos de limpeza e bebidas alcoólicas. Ele é “uma fonte energética renovável e pouco poluente” e seu excedente na produção de biodiesel é totalmente reprocessado.

Porém, estudos asiáticos e europeus revelam uma outra face dessa realidade. Os chineses alertam: “a cultura intensiva de cana-de-açúcar [...] provoca a liberação de uma enorme quantidade de carbono existente no solo. E se essas áreas fossem regeneradas, poupariam por hectare, anualmente, a liberação de 7t de dióxido de carbono, mais do que bioetanol poupa”. No que se refere à sua produção, para cada litro produzido, consome-se cerca de 4 litros de água. E os belgas afirmam que: “O biodiesel provoca mais problemas de saúde e ambientais porque cria uma poluição mais pulverizada, libera mais poluentes que promovem a destruição da camada de ozônio”. Essa situação merece a nossa atenção, pois é a racionalidade contrapondo-se à própria racionalidade. As pesquisas são resultados de mensurações lógicas, bem distantes das “ditas” paixões desenfreadas de grupos ambientalistas. Eis o mel revelando o seu fel.

Diante desses fatos lógicos que se contrapõem, cabe-nos perguntar: O que vem a ser esse desenvolvimento econômico? Por que promessas bonitas e tantos efeitos danosos para a coletividade e o planeta? Qual o seu real significado? Desenvolvimento é o que está nos dicionários: adiantamento, crescimento, aumento, progresso ou significa: não-envolvimento (prefixo de negação des- mais a palavra envolvimento)? Será que assumiremos novamente o ônus e seremos excluídos do bônus desses projetos empresarial-governamentais? Os carros terão mais prioridade à água do que nós que já vivemos na escassez desse líquido tão necessário à nossa sobrevivência? A história mostra que, em lugares que estiveram sob a insígnia do “Ouro...”, seguiu-se a devastação. Certamente, devemos considerar os dois lados da força, as duas vertentes: o dia e a noite, focando mais nessa última, muitas vezes excluída, mas que sempre nos estimula a vermos além do imediatismo, visto que podemos estar cegos, mesmo ao meio-dia.

Redação: Como vencer a pobreza e a desigualdade

Redação selecionada no concurso de redação da Unesco/Folha Dirigida de 2007. Autoria: Edmario (Hædi)

A Unesco/Folha Dirigida promoveram o concurso de redação para universitários - 2007. Os 100 trabalhos selecionados integram um livro trilingue (português, inglês e francês). O lançamento oficial foi na Academia Brasileira de Letras - 10/12/2007, no Rio de Janeiro. E o lançamento internacional foi em maio de 2008, na sede da Unesco, em Paris - França. Os livros foram distribuídos para bibliotecas de 191 países. Das 100 escolhidas, 10 são de Pernambuco.

Quem quiser copiar o livro em pdf, acesse:
unesdoc.unesco.org/images/0015/001576/157625m.pdf

Capa do livro:



TEXTO EM PORTUGUÊS

Como vencer a pobreza e a desigualdade? É fácil responder isso. Os que sempre fizeram essa pergunta têm a resposta. Quem tem a resposta precisa apenas agir coletivamente. Mas, como esperar esse tipo de iniciativa por parte das estruturas políticas, econômicas e religiosas que vivem se digladiando em nome do poder, do dinheiro e da miséria? Como querer sombra num deserto ao meio-dia, que suga todas as águas e impossibilita o crescimento das árvores?

Melhor do que tentar vencê-las é compreendê-las para depois transcendê-las. A pobreza e a desigualdade são mazelas da nossa sociedade de consumo. São parâmetros da cultura do ter, que classificam e separam as pessoas pelo que elas possuem. E, na condição de parâmetros, são necessárias à manutenção atual dos sistemas estruturados na antiqüíssima exploração humana, que hoje se diferencia apenas pelo jogo de palavras e imagens.

Será que podemos negar o fato de que elas justificam e garantem o sucesso dos empreendimentos ideológico-financeiros de grupos minoritários do topo da pirâmide social? Eis as guerras, as copas mundiais de futebol e a competitividade, exemplos claros dessa lógica belicosa de mercado; desse tipo de desenvolvimento que concentra renda e favorece a uns poucos em detrimento de uma maioria, que vive na base dessa mesma pirâmide.

Mesmo assim, há os que, na base, defendem, reforçam e mantêm, por décadas, a vigência dessas chagas na coletividade. Isso é reflexo da ideologia do ter, da ilusão do possuir e do diferenciar-se do outro. Conseqüentemente, a pobreza e a desigualdade enraizaram-se no inconsciente coletivo e transformaram-se, ao longo do tempo, numa plataforma, num sistema operacional validado para as relações humanas e, principalmente, econômicas.

Mas, se de um lado elas garantem o progresso material de grupos minoritários, do outro, fomentam o progresso humano, que é gestado na polifonia social dos seres, com sua troca de experiências e impressões sobre o mundo e as coisas. É neste grande jardim de pensamentos e ações que a imposição cultural do espírito mercantil se dilui. E abre os caminhos para as alternativas de desenvolvimento sustentável e para o raiar dos valores mais nobres do ser.

Então, diria que, para vencê-las, devemos nortear nossas relações pelos valores humanos e não mais pelos econômicos. Esses últimos transformam o homem em algo descartável e agente poluidor, garantindo-lhe apenas a pobreza e a desigualdade; distorcendo, assim, sua condição natural de “ser”. E somente como ser humano é que podemos reconhecer-nos nos outros e viabilizar uma sociedade melhor, que contemple as pessoas do hoje e do amanhã.

Vencê-las não é criar novas guerras, novos estratos, novas formas sutis de exploração e comodismo. É sermos naturais e trabalharmos no vazio da mente, berço de todas as coisas materializadas pela comunidade planetária. É desenvolver uma educação humanitária e pacífica. É aprender e se espelhar na natureza que provê; no sol que brilha; na água que sacia e nos alimentos que nutrem, incondicionalmente todas as pessoas que deles necessitam.

Na condição de ser racional, utilizei trinta e cinco linhas para dissertar sobre como vencer a pobreza e a desigualdade. É dessa forma, com muita fala e pouca ação, que reagimos às problemáticas sociais. Mas, como ser humano que ousa experienciar, utilizo apenas uma palavra: o Coração, que aliado à racionalidade, é a força-motriz para dissolver esses males. E, à medida que as pessoas permitem-se auscultá-lo, a prosperidade começará e a Paz também.


TEXTO EM INGLÊS

How can we stop poverty and inequality? It is easy to answer that. The ones who always make the same question have the answer. And the ones who have the answer should only act collectively. But, how can we expect such initiative from the political, economical, and religious structures, if they are only fighting between them for power, money and misery? How can we expect to find a shade in the desert at noon, when the desert ends with all water sources and prevent trees from growing?

Better than try to beat it is to understand it and then overcome it. Poverty and inequality are stains of our consumption society. Both are parameters of the "must have" culture, classifying and separating people for what they have. As parameters, both are necessary to maintain the systems built over the historical human exploitation, which are different only because of the new use of words and images.

Can we deny that poverty and inequality justify and warrants the success of financial and ideological enterprises of small groups at the top of the social pyramid? There are the wars, the world cups and competitiveness, clear examples of the market's war logic, of the development that concentrates incomes e favors a few to detriment of many people who are at the basis of the pyramid.

Even though, there are some people in the pyramid basis who are protecting, reinforcing and maintaining – for decades – this collective wounds. This is a reflex of the "must have" ideology, of the illusion to possess something and then become different from the others. Consequently, poverty and inequality took roots at the collective unconsciousness and became, with the passing of time, a platform, an operational system validated for human relations and, most of all, economic relations.

If, from one side, these people warrant the material progress of small groups,from the other, they provide human progress, which is based of social multiplicity of human beings, sharing their experiences and impressions about the world and the things. It is here, is this large garden of thoughts and actions that the cultural imposition of the mercantile spirit is diluted, Opening the ways to sustainable development alternatives and to raise more noble human values.

So, I would say that, to overcome it, we must guide our relations by human values instead of economical values. The latter transform man in something disposable and in a pollutant agent, warranting him only poverty and inequality, thus distorting is natural quality of "being". Only as human beings, we can manage to recognize us one in the other and build a better society, which contemplates people from the present and the future.

Overcome it doesn't mean to create new wars, new stratums, new subtle forms of exploration and complacence. We must be natural and work our minds emptiness, which is the start of all material things in the planet's community. We must develop a humanitarian and peaceful education. We must learn how to reflect ourselves in the nature that supplies, in the sun that shines, in the water that satiates, in the food that feed, unconditionally, us, the people who need all of it.

As a rational being, I have used 35 lines to write about overcoming poverty and inequality. It is in that way, with too much talk and too little action, which we react to social issues. But, as a human being who dares to experience, I will use only one word: Heart, which, allied to reason, is the motor to stop these evils. When people start to listen to their hearts, prosperity shall come, and Peace shall come.


TEXTO EM FRANCÊS

Comment vaincre la pauvreté et l'inégalité? C'est facile d'y répondre. Ceux qui ont toujours pose cette question ont la réponse. Celui qui a la réponse doit à peine agir collectivement. Mais, comment espérer ce genre d'initiative de la part des structures politiques, économiques et religieuses qui vivent dans la lutte au nom du pouvoir, de l'argent et de la misère? Comment vouloir de l'ombre dans un désert à midi, qui aspire toutes les eaux et empêche la croissance des arbres?

Mieux qu'essayer de les vaincre c'est les comprendre pour ensuite les transcender. La pauvreté et l'inégalité sont les maux de notre société de consommation. Ce sont des paramètres de la culture du " posséder ", qui classent et séparent les personnes par ce qu'elles possèdent. Et, dans la condition de paramètres,sont nécessaires à la manutention actuel des systèmes structurés dans la très ancienne exploitation humaine, qui aujourd'hui se différencie à peine par le jeu de mots et images.

Pourra-t-on nier le fait qu'elles justifient et assurent le succès des entreprises idéologiques et financières de groupes minoritaires du sommet de la pyramide sociale? Voilà les guerres, les coupes du monde de football et la compétition, exemples claires de cette logique belliqueuse de marché; de ce genre de développement qui concentre les revenus et favorise peu de personnes au détriment d'une majorité, qui vit sur la hase de cette même pyramide.

Même ainsi, il y a ceux qui, à la base, défendent, renforcent et maintiennent, pendant des décades, la vigueur de ces blessures dans la collectivité. Ceci est le reflet de l'idéologie de l'avoir, donne l'illusion de posséder et de se différencier de l'autre. En conséquence, la pauvreté et l'inégalité se sont enracinées dans l'inconscient collectif et se sont transformées, au fil du temps, en une plateforme, en un système opérationnel validé par les rapports humains et, surtout économiques.

Mais, si d'une part elles assurent le progrès matériel de groupes minoritaires, de l'autre, stimulent le progrès humain, qui est géré dans la polyphonie sociale des êtres, avec son échange d'expériences et impressions sur le monde et sur les choses. C'est dans ce grand jardin de pensées et d'actions que l'imposition culturelle de l'esprit mercantile se dilue. Et ouvre les chemins aux alternatives de développement durable et au rayonnement des valeurs plus nobles de l'être.

Alors, je dirais que, pour les vaincre, nous devons orienter nos rapports par les valeurs humaines et non plus par les valeurs économiques. Celles-ci transforment l'homme en quelque chose de jetable et agent polluant, lui garantissant à peine la pauvreté et l'inégalité; distordant ainsi sa condition naturelle d"être". C'est seulement comme être humain que nous pouvons nous reconnaître dans les autres et viabiliser une société meilleure, qui considère les personnes d'aujourd'hui et de demain.

Les vaincre n'est pas créer de nouvelles guerres, de nouvelles couches, de nouvelles formes subtiles d'exploitation et de commodité. C'est que nous soyons naturels et que nous travaillions dans le vide de l'esprit, berceau de toutes les choses matérialisées par la communauté planétaire. C'est développer une éducation humanitaire et pacifique. C'est apprendre et se refléter dans la nature qui approvisionne; dans le soleil qui brille; dans l'eau qui rassasie et dans les aliments qui nourrissent, inconditionnellement toutes les personnes qui en ont besoin.

Dans la condition d'être rationnel, j'ai utilisé trente cinq lignes pour disserter sur comment vaincre la pauvreté et l'inégalité. C'est de cette façon, en parlant beaucoup et en agissant peu, que nous réagissons aux problématiques sociales. Mais, comme être humain qui ose expérimenter, j'utilise un mot: le Coeur, qui allié de la raison, est la force motrice pour dissoudre ces maux. Et à mesure que les personnes se permettent de l'ausculter, la prospérité commencera et la Paix aussi.